quarta-feira, 7 de dezembro de 2016

As luzes

 Aqui do alto do morro posso ver a infinidade das luzes da cidade que se estendem além da minha visão. É uma cena magnífica, porém, aterrorizadora.  
 Cada luz é uma pessoa - ou mais. Cada luz está viva, com sonhos, esperanças e medos. E são milhares delas, incontáveis.
  Elas se expandem para bem longe. Não posso ver todas. Quantas luzes amanhã não se acenderão? Quantas novas irão surgir?
 Quando a minha luz se apagará?
  Por que a minha luz se destacaria no meio de tantas?
  Como é a vida dessas luzes? Será que todas brilham tão intensamente?
  Será que todas sabem da nossa enorme existência?
  Será que elas param no alto de um morro para refletir sobre luzes na cidade?

  É uma visão magnífica, e aterrorizadora, essa das luzes que brilham na cidade.

2 comentários:

  1. Fantástico! <3
    Seu texto me lembrou algo q li (ou ouvi, n sei ao certo kk) sobre sermos como velas. A vela acesa chora (derrete/diminui/é consumida) mas está viva, iluminando. Nós também, no viver, deixamos parte de nós e choramos pq o tempo de vida está diminuindo, porém é justamente nesse "perder tempo" q ganhamos vida, q somos luzes.

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    1. Opa, nem tinha visto seu comentário, mil desculpas pela demora! Fico muito feliz que tenha gostado!! Nossa, adorei essa ideia de sermos velar, é uma maneira bem bonita de pensar.
      Obrigada por comentar <3

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