quarta-feira, 4 de outubro de 2017

Pânico

   Há um tempo entro em estado de pânico cada vez que saio sozinha. Veja, é tanta notícia que aparece no meu facebook ou dá na televisão, que é impossível não ficar neurótica. Então agora cada folhinha de árvore que cai na minha frente me assusta (sim, de verdade, meu coração quase pula da boca quando isso acontece). Cada moto barulhenta, bicicleta que passa perto demais, carro muito devagar. Todo homem sozinho me faz gelar por dentro. Até gritos entre velhos amigos me fazem pular (tenho a impressão que estão tramando algum assalto?), pessoas correndo (às vezes simplesmente se exercitando, mas sempre parecem estar correndo de/atrás de um assaltante).

   Desenvolvi uma quase fobia também de crianças. Sim, crianças. Infelizmente é uma realidade nesse Rio de Janeiro onde crianças em bando furtam pessoas desavisadas como eu. Agora não posso ver nenhum molequinho que me apavoro, das pernas ficarem bambas. Penso a que ponto chegamos de crianças assaltarem e de nos assustarmos com elas, sendo que elas eram para ser a coisa mais pura de nossa humanidade. Infelizmente a sociedade está as corrompendo rápido demais.

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